Ai, ai, essa vida de Dama de Copas me cansa. Cheguei a conclusão de que estou colecionando S2s alheios, ou melhor, tão jogando S2s quebrados no meu colo e sem possibilidade de devolução ou troca.
Como toda boa Dama de Copas eu sou bem cinematográfica, faço várias cenas de filme com os meus alvos. Mas aí mora um problema: cenas de cinema geralmente tem finais felizes, já as minhas, na maioria das vezes não. Não que o rapaz não corresponda ou o roteiro não seja bom, o problema é que quase sempre os rapazes não são bons atores e a diretora aqui corta logo do elenco.
Minha última cena de cinema foi uma graça, fisguei bem rápido o S2 do pobre, mais rápido do que eu imaginava até. E, mais uma vez, como toda boa Dama de Copas, achei que estava zuper apaixonada, vida virtual, né gente, assim é moleza... Encontrei o rapazinho, ficamos, ele foi atuando mal, eu tentando dirigir melhor, ajudar, mas tava difícil, até que a coisa ficou séria, decisão, choque, saudade, mágoa... Alo-ou, isso não tava no roteiro, a Dama aqui não aceita improvisos.
Obviamente não fiquei mais com ele, né?* Mas aí já era tarde, S2 quebrado na estante, Dama de Copas com fama de destruidora de vidas (ele é jovenzinho) e muito ódio num S2zinho tão pequeno e tenro.
One more time, como toda boa Dama de Copas, fiquei triste de ter deixado mais um broken heart por aí, minhas amigas Damas me disseram que eu deveria ter pelo menos dado mais um pouquinho de bola pro menino, mas com a quantidade de cerveja que eu tinha na cabeça, o máximo que ia sair seria minha mais nova célebre frase:
- Meu bebê, dez anos faz tanta diferença quanto dez centímetros, fica a dica.
* Homens do meu Brasil, nunca se esqueçam, toda boa Dama é mulher de malandro, bate que eu gamo, carinho eu ganho da minha mãe.
